segunda-feira, 28 de maio de 2012

Um passeio pelas religiões do planeta: Budismo

Buda
Oi pessoal! Continuando nossa pequena jornada pelas religiões do mundo, hoje passaremos pelo BUDISMO. Todo o pensamento budista gira em torno dos ensinamentos de Siddhartha Gautama, O Buda (Iluminado), que marcou a sua presença entre a humanidade nos séculos VI e IV a.C.
Existem muitas ramificações do Budismo e não pretendo abordá-las nesse pequeno texto, pois levaria muito tempo de pesquisa e fugiria do objetivo do tema "passeio pelas religiões do planeta", que passaria a se chamar "odisséia pelas religiões do planeta" de tão complexa e detalhada é cada uma dessas ramificações.
Caso vocês queiram uma visão um pouco mais aprofundada sobre a religião budista, entrem no site Wikipédia que lá o assunto está bem mais detalhado, incluindo indicações bibliográficas interessantíssimas (como exemplo, o livro do jornalista Heródoto Barbeiro - Buda: o mito e a realidade, Ed. Madras, 2005). O link é: http://pt.wikipedia.org/wiki/Budismo#Bibliografia.

Mas o meu objetivo é ressaltar os princípios básicos do Budismo, a essência de todo o legado que Buda deixou à humanidade.

É muito interessante o fato de Buda ter nascido na Índia, pois a maioria dos termos e grande parte dos conceitos são muito parecidos com o Hinduísmo (religião que abordarei na próxima segunda), já que possuem uma raiz linguística comum: o sânscrito.

Buda deixou muito claro sobre as causas do sofrimento do Ser Humano, bem como o caminho para superá-las, como encontramos nas Quatro Nobres Verdades:

1º Nossa vida, da forma que conhecemos, só leva ao sofrimento e à dor (física e psíquica), à insatisfação que nunca se cessa (dukkha);

2º O desejo (trishna) como causa do sofrimento, ou seja, o apego do ser ao mundo fenomênico e à falsa identificação com o Eu, com a individualidade;

3º o estado de iluminação (bodhi) só é alcançado quando se cessa o desejo, quando descortinamos o véu da ilusão (maya). Aí sim o sofrimento tem seu fim; e, finalmente

4º esse estado é alcançado pelos caminhos ensinados por Buda.

Esses são os 4 pilares do Budismo.

Acredito muito que Buda deixou algumas dicas de como nossa mente deveria se abrir para as revelações da metafísica que o ser humano iria receber nos 2 milênios seguintes, pois trilhar o Caminho do Meio - principal princípio budista - prega a moderação (não-extremismo), o meio-termo entre os conceitos metafísicos (discernimento), a ilusão da dualidade através do nirvana (perfeita iluminação) e o conceito do vazio (sunyata) que não significa negar tudo o que existe, mas não se identificar com o que é aparente e transitório.


Buda põe fim ao sofrimento através do Nobre Caminho Óctuplo. Não vamos detalhá-lo, mas podemos mencionar seus 3 grupos principais:

Prajna: sabedoria purificadora da mente que se divide em  drsti (a verdade na sua essência) e samkalpa (a intenção, a renúncia, a liberdade);

Sila: a ética, a moral, a abstenção dos atos nocivos;

Samadhi: iluminação que é atingida pela disciplina da mente através de 3 caminhos: vayama (dedicação para o aperfeiçoamento), sati (ver as coisas claramente dentro de si mesmo, sem desejo ou repulsa) e samadhi (através da meditação correta).

O princípio da Impermanência também norteia os seguidores da religião. Esse princípio afirma que a vida é um fluxo constante e nada é imutável. O termo "para sempre" pode ser banido do linguajar cotidiano, quando este diz respeito ao estático, pétreo. Isso lembra muito os pré-socráticos, notadamente Heráclito, quando afirma que um rio nunca é o mesmo... o conceito do "devir".

Para terminarmos, é bom afirmar que o Budismo, como o Hinduísmo e, atualmente, as religiões espiritualistas, também afirma que as consciências têm várias vidas terrenas (Reencaração) e que estamos presos numa roda de ilusão (Samsara), sujeitos à Lei de Causa e Efeito (Karma).

Agora, tendo a liberdade dar uma opinião pessoal, acredito que a Lei do Karma seja a mais coerente com o pensamento científico, já que Karma (do sânscrito: ação) implica que toda ação desencadeia uma reação e, geralmente de igual intensidade. Ou seja, tudo o que fazemos sensibiliza o meio em que vivemos... Resumindo: Não temos nada a reclamar e sim, criar novas atitudes para atrair novos resultados!

É isso gente!!! Muito obrigado por ler esse artigo e desejo à todos uma ótima semana, cheia de ações produtivas e sempre de mente aberta ao novo, abandonando tudo que nos aprisiona a conceitos estáticos e enferrujados... quem sabe assim o sofrimento vai embora... Abraço à todos!!!



segunda-feira, 21 de maio de 2012

Um passeio pelas religiões do planeta: Umbanda

Oxalá (representação)
Oi gente! A partir desta segunda, inicio um pequeno especial aqui no blog Consciência do Presente, onde procurarei colocar a essência de alguns dos inúmeros sistemas de crença do nosso planeta. O objetivo é promover a união na diversidade. A fé que cria pontes e não separa os povos, como temos visto ao longo da história da humanidade. Não podemos esquecer do significado da palavra RELIGIÃO, que, independente da forma, pretende RELIGAR o ser humano à Deus. E quando digo a palavra DEUS, gostaria que ficasse bem claro que todos O entendessem da forma mais ampla possível... com liberdade absoluta, de acordo com a maneira de que cada um de vocês entendem essa forma de manifestação no Universo.

Muito bem! Hoje pretendo abordar brevemente sobre a Umbanda, uma religião muito mal interpretada por muitas pessoas que não conhecem sua origem, propósitos e doutrina. Antes de que alguém pense que Umbanda é coisa de macumbeiro, gostaria de elucidar sobre origem da própria palavra MACUMBA. Para não falhar na definição, retiro um texto do site do grupo Espírita Umbandista Céu Esperança, fundado por um dos grandes estudiosos desse país, o médium Géro Maita, que traz essa palavra dentro da exatidão de seu significado.

Vamos lá:

"A primeira definição de Macumba que se encontra em qualquer dicionário é de: antigo instrumento musical de percussão, espécie de reco-reco, de origem africana, que dá um som de rapa (rascante); e Macumbeiro é o tocador desse instrumento. (...) Macumba é uma madeira extraída de uma árvore na África que compõem o “atabaque” que também é conhecido como “tambor” na tradução do nome acima citado.
Encontramos no cotidiano praticantes de outras vertentes religiosas ligando este nome ao uma possível má ação que seja praticada dentro da Umbanda o que não tem cabimento algum.Para julgar é preciso conhecer e conhecimento é o que mais falta por parte daqueles que julgam. Macumba não denomina culto religioso, mas sim um instrumento de percussão somente. (...)" Fonte: http://ceuesperanca.com.br/textos/o-que-e-macumba/

O surgimento da Umbanda se deu no início do século XX e, à semelhança da forma em que foi revelado o espiritismo, veio pelo plano espiritual, através do jovem médium Zélio Fernandino de Moraes no estado do Rio de Janeiro, mais precisamente em Niterói, no dia 15 de novembro de 1908. Naquela época, o movimento espírita no Brasil se iniciava dentro da dogmática Kardecista e, nos centros espíritas, não se viam manifestações de entidades espirituais de negros e índios, por simples discriminação racial e por "achismos" de que espíritos desse tipo eram ligados à "feitiçarias" e "baixo espiritismo".

Foi nesse contexto que o espírito que se denominava "Caboclo das 7 Encruzilhadas", revelou-se, através de Zélio, dentro da Federação Kardecista de Niterói, afirmando o seguinte:

"Deus, em sua infinita bondade, estabeleceu a morte como o grande nivelador universal. Rico ou pobre, poderoso ou humilde se igualam na morte, mas vocês, que são preconceituosos, descontentes por estabelecer diferenças apenas entre os vivos, procuram levar essas diferenças até além da morte. Por que não podem nos visitar os humildes trabalhadores do espaço se, apesar de não haverem sido pessoas importantes na Terra, também trazem importantes mensagens de Aruanda*? Por que não receber os caboclos e pretos-velhos? Acaso não são eles também filhos do mesmo DEUS?" Fonte: Livro Aruanda, capítulo 1, pág. 29, § 2º por Ângelo Inácio (Espírito); psicografado por Robson Pinheiro.

Daí, surgiu a Umbanda, religião que traz a união dos conceitos doutrinários codificados por Allan Kardec com os conhecimentos das leis da natureza através do contato com os Orixás (palavra de origem yoruba que se traduz, de uma forma mais sucinta, como as manifestações do Grande Deus ou Olorum).

São 10 os fundamentos umbandistas **:


1 – A existência de Deus único;
2 – A filosofia religiosa universal;
3 – A existência dos Orixás, entidades evoluídas e sua atuação nos campos vibratórios da Natureza;
4 – A reencarnação;
5 – A Lei de Causa e Efeito;
6 – A existência de outras vidas, de outros Planos e de outras Linhas de Evolução;
7 – A natureza trina do Homem  – espírito, alma e corpo;
8 – A Mediunidade;
9 – A manifestação dos Guias Espirituais, ainda em evolução nos Planos
intermediários, e que são os mensageiros dos Orixás;
10 – A prática do Bem.


Não pretendo aqui esgotar o tema sobre a Umbanda, só pretendo trazer à tona alguns pontos básicos para elucidar e, se possível, retirar qualquer forma de ideia pré-concebida ou preconceituosa que ouço muitas pessoas dizendo sobre essa valorosa religião!

Um abraço à todos!!!

* Aruanda: plano espiritual
** conforme a ATA DA SEGUNDA CONVENÇÃO NACIONAL DO CONSELHO NACIONAL DELIBERATIVO DA UMBANDA – 25 DE AGOSTO DE 1978.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Energia liberada pelas mãos consegue curar malefícios, afirma pesquisa da USP

Oi gente! Extraí o texto abaixo do site Céu Esperança, do meu querido amigo Géro Maita. Vale a pena ler para criarmos a consciência de que encontramos nas pesquisas dentro das universidades, pessoas com a mente aberta e descompromissada com os dogmas científicos que, muitas vezes, desvirtuam o objetivo da própria Ciência: primar pela investigação de qualquer fenômeno, sem a influência de pensamentos políticos, religiosos ou ideológicos quaisquer.


Um estudo desenvolvido recentemente pela USP (Universidade de São Paulo), em conjunto com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), comprova que a energia liberada pelas mãos tem o poder de curar qualquer tipo de mal estar. O trabalho foi elaborado devido às técnicas manuais já conhecidas na sociedade, caso do Johrei, utilizada pela igreja Messiânica do Brasil e ao mesmo tempo semelhante à de religiões como o espiritismo, que pratica o chamado “passe”.
Todo o processo de desenvolvimento dessa pesquisa nasceu em 2000, como tema de mestrado do pesquisador Ricardo Monezi, na Faculdade de Medicina da USP. Ele teve a iniciativa de investigar quais seriam os possíveis efeitos da prática de imposição das mãos. “Este interesse veio de uma vivência própria, onde o Reiki (técnica) já havia me ajudado, na adolescência, a sair de uma crise de depressão”, afirmou Monezi, que hoje é pesquisador da Unifesp.
Segundo o cientista, durante seu mestrado foi investigado os efeitos da imposição em camundongos, nos quais foi possível observar um notável ganho de potencial das células de defesa contra células que ficam os tumores. “Agora, no meu doutorado que está sendo finalizado na Unifesp, estudamos não apenas os efeitos fisiológicos, mas também os psicológicos”, completou.
A constatação no estudo de que a imposição de mãos libera energia capaz de produzir bem-estar foi possível porque a ciência atual ainda não possui uma precisão exata sobre esse efeitos. “A ciência chama estas energias de ‘energias sutis’, e também considera que o espaço onde elas estão inseridas esteja próximo às frequências eletromagnéticas de baixo nível”, explicou.
As sensações proporcionadas por essas práticas analisadas por Monezi foram a redução da percepção de tensão, do stress e de sintomas relacionados a ansiedade e depressão. “O interessante é que este tipo de imposição oferece a sensação de relaxamento e plenitude. E além de garantir mais energia e disposição.”
Neste estudo do mestrado foram utilizados 60 ratos. Já no doutorado foram avaliados 44 idosos com queixas de stress.
O processo de desenvolvimento para realizar este doutorado foi finalizado no primeiro semestre deste ano. Mas a Unifesp está prestes a iniciar novas investigações a respeito dos efeitos do Reiki e práticas semelhantes a partir de abril do ano que vem.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Além dos 5 sentidos...

Usamos os 5 sentidos para experimentarmos, expressarmos e vivenciarmos o mundo ao nosso redor. Esquecemos muitas vezes que, existe um outro sentido - e não vou me limitar em denominá-lo apenas de 6º, pois creio que este possa se desdobrar em outros tantos - à nossa disposição diariamente, embora não direcionemos a atenção para exercitá-lo. A visão, a audição, o olfato, o tato e o paladar são importantes, mas são falhos. Conseguem nos enganar toda a hora! Isso se deve pelo fato deles estarem 100% ligados e dependentes do cérebro. Dependem do acervo de impressões, experiências e informações armazenadas por ele. Por exemplo: quando olhamos para uma cadeira, aquela imagem obtêm uma resposta imediata da nossa memória sobre tudo o que nos é referência sobre esse objeto. Então, por aprendizado e memorização, sabemos o que aquela forma significa.

Mas e quando olhamos ou entramos em contato com "algo" que não nos é familiar, ou melhor, que não está contido nos nossos "arquivos" da memória cerebral? Quem viu o filme sobre a vida de Chico Xavier, deve se lembrar de um interessante fato sobre a sua infância quando o menino Chico interveio numa conversa dos pais sobre o aborto que uma vizinha realizou, afirmando que o aborto havia acontecido por uma nidação (renovação da mucosa) inadequada e também porque o feto estava numa posição ectópica (fora da posição normal). De onde um menino, de origem humilde, sem ter tido acesso a nenhuma informação desse tipo, tirou esses termos apenas usados por quem tem formação na medicina e ainda com uma forma tão pertinente e acurada? Por quais sentidos foram apreendidas tais informações?

Acredito ser de extrema importância o estudo sobre essa potencialidade inerente à todos os seres humanos, mais desenvolvida em uns do que em outros, saindo da atitude comum que muitas pessoas tomam de negar o que não conhece e nunca estudou. Se nossos sentidos físicos bastassem para entendermos precisamente o mundo exterior, termos como "Ilusão de Ótica" não existiriam.

Por isso, nessa segunda-feira que marca o meu primeiro post de 2012, gostaria de indicar uma importante obra para estudo, caso alguns de vocês se interessem pelo assunto. Trata-se do livro "A Clarividência" do autor C. W. LEADBEATER (Ed. Pensamento), que trata do assunto de uma maneira clara e científica, trazendo o conceito desse sentido não orgânico que todos nós possuímos, ensinando também alguns métodos para desenvolvê-lo.

Apesar de eu ter me desligado das doutrinas religiosas específicas (e isso não quer dizer que eu não seja uma pessoa religiosa) sou um grande fã dos avatares e líderes espirituais que passaram por esse planeta.

Fico imaginando o que o Grande Mestre Jesus quis dizer com a frase "olhos para ver e ouvidos para ouvir" na parábola do Semeador. Estaria ele se referindo à essas faculdades sensoriais que ainda não encontramos plenas e desenvolvidas em nós mesmos? Vale a pena refletir...