segunda-feira, 11 de junho de 2012

Um passeio pelas religiões do planeta: Cristianismo

Jesus
Oi pessoal! Hoje o tema é Cristianismo. Classificarei as principais igrejas cristãs do mundo, embora, de antemão, peço perdão à todos os devotos e às suas respectivas igrejas que não apontarei nesse blog, pois seria uma missão impossível para mim nesse pequeno mural, tão numerosas são essas vertentes nos dias de hoje. Em face disso, resolvi dar importância à esse grande movimento de fé na sua raiz, deixando para os estudiosos e interessados nesse assunto um maior aprofundamento.

Posso mencionar 2 aspectos sobre a origem da Religião Cristã: o Histórico e o Bíblico. Teremos que separá-los pois nem sempre estão de acordo. Isso se deve ao fato de algumas religiões do universo cristão aterem-se apenas aos fatos contidos e narrados nos textos bíblicos, ou melhor nos Evangelhos, termo esse que explicarei oportunamente nas linhas que se seguem.

Vou evitar trazer à tona fatos da vida de Jesus (o Messias Cristão), pois, como já havia apontado no blog anterior, tratarei os Avatares de cada religião separadamente de seus seguidores. Isso é uma forma de abordagem pessoal que peço a liberdade para fazê-la.

Mas, já que mencionei o Grande Mestre, podemos afirmar que toda e qualquer religião cristã gira em torno da vida e obra de Jesus, o Cristo.

Antes de continuar, gostaria de afirmar que não é a minha proposta tratar dos assuntos religiosos abstendo-me de opinar. De maneira alguma! Essa é a liberdade que todo ser humano possui (ou deveria possuir). Mas, por favor, não confundam opinião com desrespeito à fé alheia! Isso eu também não admito em hipótese alguma! É somente uma opinião, sujeita à erros e imprecisões.

Toda e qualquer manifestação de fé é digna de Amor e Acolhimento, principalmente no mundo em que vivemos, onde a própria palavra Amor parece perdida, há tempos, em meio aos contos românticos e aos idealismos platônicos. Agora, caso eu use algum termo ou sinônimo inadequado à qualquer doutrina, peço novamente perdão, mas não me intitulo nenhum erudito nem conhecedor profundo de cada ramificação da fé cristã. E, por esse fato, não pretendo ofender ninguém e estou totalmente aberto às correções que alguns de vocês julguem necessárias.

Mas vamos lá! Para entender sobre o cristianismo, vamos discorrer brevemente sobre o significado da palavra CRISTO:

"Cristo é o termo usado em português para traduzir a palavra grega Χριστός (Khristós) que significa 'Ungido'. O termo grego, por sua vez, é uma tradução do termo hebraico מָשִׁיחַ (Māšîaḥ), transliterado para o português como Messias." (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristo)

Embora, nos textos bíblicos, haja uma passagem onde a palavra Cristo tenha aparecido pela primeira vez numa exaltação de Pedro em face a uma pergunta que Jesus fez aos seus discípulos ("Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou? Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Mt 16: 15-16), acredito - e agora estou expressando opinião própria - que foi Paulo de Tarso (meu xará) o responsável pelo uso do termo, uma vez que o apóstolo teve formação helênica (grega), ao passo que a língua mais usada por Jesus em suas pregações era o aramaico, comum entre os judeus na Galiléia. E não vamos esquecer, como apontamos acima, que a palavra Cristo é de origem grega e já fora usada séculos antes pelo historiador Heródoto (século V a.C.), entre outros.

A partir desses dados, já dá para perceber que o movimento cristão nasceu dividido. De um lado o cristianismo judaico, pregado pelos apóstolos de Jerusalém, liderados por Pedro e que viveram diretamente com Jesus; e, de outro, o cristianismo helenico, praticado pelos judeus de formação grega, os Helenistas, iniciado por Estevão (o primeiro ministro e mártir do cristianismo).

Esses dois grupos não se entendiam muito bem, já que os Helenistas - pelo fato de serem dotados de formação cultural superior - achavam os apóstolos de Jerusalém ignorantes e despreparados para propagar o evangelho. Por outro lado, os Jerosolimitanos (como eram chamados os apóstolos de Jerusalém) consideravam os Helenistas desordeiros e brigões, uma vez que, durante suas pregações, causavam grandes tumultos. Não foi à toa que foram expulsos de Jerusalém.

Uma outra vertente surgiu, após a morte de Estevão, que foi um verdadeiro "divisor de águas" no que se refere ao modus operandi na forma da conversão, doutrinamento e interpretação do evangelho. Essa linha religiosa nasceu do ex-fariseu e perseguidor dos cristãos, o convertido durante a viagem de Jerusalém à Damasco: Paulo de Tarso.

O cristianismo paulíneo, também de influência helênica, foi o mais difundido entre povos gentios (não judeus). Se diferenciava do cristianismo judaico pelo seu vigor, forte tom moral e intrepidez. Mais tarde, se tornaria o principal pilar doutrinário da formação da Igreja Católica.

Tão bem sucedida foi a influência de Paulo na fundação das primeiras igrejas cristãs, que a seita judaica original dos apóstolos de Jerusalém foi fadada à extinção.

É importante ressaltar que o cristianismo judaico, praticado pelos apóstolos de Jesus, não tinha muito a ver com aquele pregado por Paulo. Primeiramente pelo fato de nunca terem se desligado das tradições judaicas. Jesus era chamado pelos seus seguidores de Rabi (o Mestre). Eram pacifistas, conservavam os rituais como o da circuncisão e permaneceram no cumprimento das escrituras. Pregavam a entrega na fé de uma maneira suave e pacífica, ao passo que o cristianismo de Paulo legislava sobre os fiéis, impondo regras e normas de conduta, rompendo drasticamente com qualquer ritualística e tradição judaica.

Muito bem, muito há o que se dizer sobre a formação das primeiras comunidades cristãs, o que levaria inúmeras linhas a mais. O que é bom frisar é que muitas perseguições sangrentas - decretadas em sua maioria pelos imperadores romanos - foram sofridas por esses pequenos núcleos ao longo dos primeiros séculos da nossa era, quando em 311 d.C., no Império de Constantino, foi declarada a liberdade dos cultos religiosos, através do Édito de Milão ou Édito de Tolerância de Milão. Isso se deu evidentemente por motivos políticos, já que as comunidades cristãs haviam se multiplicado em proporções alarmantes para o poder vigente.

E devido ao caldeirão de ramificações das ideologias cristãs, muitas tensões e divergências começaram a surgir, quando o próprio Imperador Constantino resolve reunir os bispos das comunidades de todo o território romano e realizar os primeiros concílios numa tentativa de unificar regras e condutas. Após a morte de Constantino (337 d.c.), as igrejas passaram a receber mais concessões políticas e econômicas, participando cada vez mais do quadro de poder tanto nos territórios do império quanto na sua sede, em Roma.
Após a ascensão dos bispos e a criação do papado como sucessão à Pedro, dito o primeiro Papa da Igreja,  surgia, na segunda metade do século IV, a primeira e definitiva Bíblia Católica. Documento compilado por São Jerônimo, bispo da Igreja e copista do Papa Dâmaso I, que unificou a doutrina e a fé cristã.

Esse é um resumo dos resumos de como surgiu o Catolicismo, ou a Igreja Católica Apostólica Romana, principal representante do movimento cristão.

Hoje a Igreja Católica é constituída por outras 23 igrejas autônomas, todas elas subordinadas ao Vaticano, onde reside o Papa, o Bispo de Roma. Estão todas elas elencadas nesse link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_sui_juris#Lista_das_Igrejas_sui_iuris

O Cristianismo é dividido por 3 principais vertentes:

A Igreja Católica;
A Igreja Ortodoxa; e
A Igreja Protestante.

Sobre o surgimento da Católica, já mencionei acima. A Igreja Ortodoxa surgiu no ano de 1054 em decorrência do Grande Cisma do Oriente, a cidade de Constantinopla:

"No século XI um conflito de interesses entre a Igreja Católica do Ocidente e a do Oriente determinou o Cisma do Oriente. O evento estabeleceu o rompimento dentro da Igreja, ambos os lados passaram a defender suas próprias doutrinas, o que persiste até hoje.
Desde o Império Romano e durante a Idade Média a Igreja Católica possuía duas sedes principais, uma localizada em Roma, no Ocidente, e outra na cidade de Constantinopla, no Oriente. Ainda durante o poderio do Império Romano ficou estabelecido e acordado entre as duas partes da Igreja que a capital do Império seria Roma. Mesmo a Igreja do Oriente concordando com a decisão, havia certo ressentimento por conta de algumas exigências jurídicas que os papas insistiam em fazer. Tais exigências foram mais marcantes durante o papado de Leão IX que durou de 1048 até 1054, sendo que seus seguidores preferiram por continuar com suas determinações. A Igreja do Ocidente se opunha também ao sistema adotado no Oriente de cesaropapismo bizantino, que consistia na subordinação da Igreja Oriental a um chefe secular." (fonte: http://www.infoescola.com/historia/cisma-do-oriente/ )

Já o Protestantismo foi um movimento ocorrido na Europa que, como o próprio nome sugere, protestava contra os dogmas da Igreja Católica, buscando resgatar o cristianismo na sua origem, se baseando e se atendo única e totalmente aos textos bíblicos.
Foi uma reforma que teve muito êxito em diversos países do centro europeu, estendendo-se posteriormente à Inglaterra, onde está estabelecida a sede da Comunhão Anglicana. Aliás, a Igreja Anglicana, apesar de não estar subordinada ao Vaticano, mantêm os dogmas católicos, embora se considere uma igreja reformada, já que adotou alguns dos princípios do Luteranismo (atribuídos à Martinho Luthero, figura central da Reforma Protestante).

Pois é, gente, nosso passeio pelo Cristianismo vai terminando por aqui... pelo menos por enquanto. Esse foi um panorama bem genérico. Ah! Claro! Como eu poderia me esquecer! Fiquei devendo a explicação sobre a palavra Evangelho. Vem do grego Evangelion, que significa Boa Nova.

Historicamente ou Arqueologicamente falando não há nenhum texto do evangelho em sua versão original para que possamos consultar (pelo menos não admitido oficialmente). O que temos são as transcrições datadas do século IV d.C., muito embora, haja uma manuscrito descoberto em 1945 atribuído à São Tomé, parte de uma coleção de textos gnósticos datados da época dos primeiros núcleos cristãos. Esse manuscrito, também conhecido como O Evangelho de São Tomé, fala mais precisamente sobre os tempos de Jesus e não faz parte do cânone eclesiástico, ou seja, em outras palavras, não é aceita ou admitida pela Igreja Católica.

Pronto, pessoal, acho que é tudo por hoje! Obrigado por terem lido o blog dessa segunda! Tenham uma semana incrível! Abraços!!!






domingo, 3 de junho de 2012

Um passeio pelas religiões do planeta: Hinduísmo

O deus Shiva (O Destruidor)
Oi gente! Namastê!*

Confesso que escrever sobre o Hinduísmo foi um desafio muito grande, embora durante a minha vida sempre atraiu a minha atenção por sua beleza, diversidade e profundidade inegáveis! Peço, desde já, desculpas (principalmente aos meus amigos yogues) pelas minhas limitações na exposição de tão importante tradição religiosa, que merece todo o respeito e elevada consideração.

A Religião Hinduísta, uma das mais antigas da Terra, se torna desafiadora quando nos deparamos com a sua estrutura e origem que divergem bastante do que conhecemos sobre as demais crenças.
O primeiro ponto interessante é que o Hinduísmo não se originou partindo de uma só pessoa, como constatamos comumente em outras religiões como o Cristianismo e o Budismo, nas quais se baseiam nos ensinamentos de Jesus e Buda, respectivamente.

Podemos dizer que esse sistema de crenças surgiu da tradição antiga de alguns povos que habitavam a Índia há, aproximadamente, 3.000 anos A.C. (ou mais).

Portanto, encontramos no Hinduísmo um amálgama de conceitos e valores que foram agregados de acordo com a contribuição das várias tribos ou povos. Esse é o ponto principal que torna essa religião tão fascinante, a flexibilidade de absorver demais doutrinas graças ao princípio da Himsa (não violência) que está presente desde a formação dos povos indianos.

Vou dividir o Hinduísmo (bem resumidamente) em 2 fases: Os Dravidianos e os Vedas; e o Hinduísmo Bramânico.

Os Dravidianos e o Hinduísmo Védico:

A civilização dravídica viveu no continente indiano entre os anos 2.500 e 1.500 A.C., embora sua origem se tenha dado em tempos mais remotos de difícil datação.
A sociedade dravídica era matriarcal e pacífica, tendo como o pilar de sua fé a total integração com a Natureza. Eram shivaístas (ou xivaístas em português), ou seja, devotos de Shiva, o deus da Transformação, ou da Destruição, ou ainda, da Renovação.

Cultuavam um Deus Supremo, chamado Dyaus - o Deus-Céu - que, unido com a Mãe-Terra, era o provedor e o fertilizador. Através dele foi gerado Surya (o Sol), Chandra (a Lua) e Heos (a Aurora).
(Percebo uma certa semelhança com a descrição de Hesíodo sobre a origem dos deuses encontrada na Teogonia grega.)
Após a invasão Ariana (1.500 A.C.), o aspecto da guerra foi incorporado aos atributos de Dyaus que passou a se chamar Indra.

Há muito o que se falar sobre o notável povo Dravidiano. Ainda pretendo separar um blog especial só sobre o assunto, uma vez que a sua cultura e a língua, se difundiram até o mediterrâneo, sendo encontradas semelhanças, por exemplo, na estrutura linguística do povo basco.

Os Vedas são as escrituras das mais antigas da história da humanidade. Reúnem 4 textos: Rigveda (texto mais antigo), Yajurveda, Samahveda e Atarvaveda. Tais textos contém mantras** que norteiam toda a ritualística, as orações e encantamentos, todos dedicados às divindades (deuses e deusas). A palavra Veda, do sânscrito, significa conhecimento.
Uma observação bem intrigante é que, alguns estudiosos do hinduísmo, afirmam que o conhecimento védico data de antiquíssimos tempos, bem antes do surgimento do sânscrito***, o que implica que foi passado por uma tradição oral entre os povos antigos, milênios antes do registro escrito.

O Hinduísmo Bramânico (ou Vedanta)

No Hinduísmo Bramânico, encontramos o Trimurti (a Trindade hinduísta), onde Brahma personifica o Criador, Vishnu, o Preservador e Shiva, o Destruidor. Quando Shiva destrói o universo, Brahma aparece do umbigo de Vishnu, montado numa flor de lótus para manifestar a Criação. Vishnu se encontra sempre em sono profundo, mergulhado no Oceano Primordial.

O Vedanta, do sânscrito, Veda (conhecimento) e Anta (dentro, essência, centro), pode ser traduzido como "a essência do conhecimento" ou "a meta de todo o conhecimento", é a tradição espiritualista hindu, explicada nos Upanixades. Os Upanixades são comentários aos textos védicos. Não se sabe ao certo quem os escreveu, mas a tradução é curiosa onde Upa significa "perto", ni "em baixo", xad "sentar". Ou seja, era a reunião de Mestres e discípulos, todos sentados no chão, onde eram passados os conhecimentos espirituais.

Um pouco mais sobre os Upanixades: "Os Upanixades organizaram mais precisamente a doutrina védica de auto-realização, yoga, e meditação, karma e reencarnação, que eram veladas no simbolismo da antiga religião de mistérios."
(fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hindu%C3%ADsmo#Upanixades)

Esse estudo é bastante profundo e não tenho nível de conhecimento, nem a pretensão de abordá-lo nesse pequeno blog, mas vale muito a pena, pra quem quiser se aprofundar, buscar pesquisar sobre os maravilhosos ensinamentos contidos nos Vedas e nos Upanixades.

Não são todas as escolas hinduístas que seguem os Vedas como, por exemplo, o Jainismo.

Portanto, continuando nossa jornada, encontramos a partir daí até os dias de hoje, uma complexidade maior nos conceitos sobre o surgimento do Universo e da Alma.
Podemos esquematizar alguns conceitos principais do pensamento hinduísta da seguinte forma:

Braman (diferente de Brahma do trimurti): a Alma Suprema, o Princípio Divino não manifestado, a Neutralidade;

Atman: o Ser, A Consciência. O Espírito individual, reflexo de Braman. O Verdadeiro Eu. É a essência divina manifestada nos seres consciêntes;

Karma: do sânscrito "ação", a lei de "causa e efeito". Pode ser uma ação física, mental ou espiritual. Tudo implica numa resposta à toda e qualquer atitude que um ser exerce no Universo;

Maya: o "véu da ilusão". É o mundo aparente apreendido pelos limitados sentidos humanos;

Reencarnação: é o ciclo de morte e renascimento que todos os seres passam para vivenciar os efeitos de seus karmas. Vamos pegar a definição contida no Bagavadguitá (texto religioso, parte do épico Mahabarata):

                   "Assim como uma pessoa veste roupas novas e joga fora as roupas antigas e rasgadas, uma alma encarnada entra em novos corpos materiais, abandonando os antigos. (B.G. 2:22)"

Samsara: é a roda do renascimento, onde estão presas as consciências que ainda não despertaram dos prazeres ilusórios e efêmeros. Só é possível se libertar desse ciclo através do Moksha (libertação, realização eterna, paz mental perfeita, desprendimento dos desejos mundanos).

Rapidamente, sobre Krishna:

É o Grande Avatar Hinduísta. Bhagavan Sri Krishna é aquele que veio para cumprir as escrituras e expulsar os demônios do mundo. É entendido como uma encarnação de Vishnu.

Sua história é descrita em alguas escrituras como o Mahabharata, o Harivamsa, o Bhagavata Purana e o Vishnu Purana.

Não gostaria de me aprofundar muito sobre Krishna nesse texto, pois quero tratar dos Avatares de cada religião individualmente; separando do aspecto devocional. Por gentileza, aguardem as próximas publicações.

Conclusão:

Nem todos os pensamentos hinduístas são adeptos ao aspecto místico e devocional. Encontramos o Samkhya que é um sistema que foi desenvolvido juntamente com o yoga, que se define como ateu.

Aliás, não podemos deixar de mencionar o Yoga dentro de tudo isso. Afinal, Yoga (União), é o conjunto de disciplinas que tem como objetivo liberar o ser humano do maya, através do alcance do Samadhi (Iluminação). Possui diversas linhas e formas de práticas, desde o aspecto mais devocional (bakti), passando pelo uso do conhecimento (jnana), até as práticas físicas (hatha-yoga) através das posturas (ásanas).

Dariam mais uns 100 blogs pra falar somente sobre o Yoga. Vou deixar esse assunto para os estudiosos e gurus (professores). Não podemos esquecer que estamos "passeando pelas religiões do planeta", hein gente?

Agora, peço licença à todos para, dentro da minha limitada interpretação, tentar descortinar um pouco de toda essa mitologia e seus simbolismos.

Não estaríamos todos nós imersos nesse vasto Universo, tanto no macro quanto no microcosmos, ora em equilíbrio (Vishnu), ora no caos (Shiva), manifestando o poder da criação (Brahma) à todo instante?

Se o mundo material é perecível e transitório, será que o conceito de Maya (ilusão) não estaria corretíssimo?

É pra se pensar...

Agradeço à todos pela paciência de ter lido a publicação de hoje, pedindo desculpas mais uma vez por não abranger todo o contexto hinduísta, o que necessitaria, certamente a dedicação e o estudo de toda uma existência.

Tenham todos uma semana de Alegria e Felicidade!!!
Abraços.

*Namastê: palavra em sânscrito que geralmente significa: "O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em você."
**Mantra: do sânscrito Man (mente) e Tra (alavanca), é uma sílaba ou poema religioso normalmente em sânscrito. Os mantras originaram do hinduísmo, porém são utilizados também no budismo e jainismo. 
Para algumas escolas, especificamente as de fundamentação técnica, mantra pode ser qualquer som, sílaba, palavra, frase ou texto, que detenha um poder específico. Porém, é fundamental que pertença a uma língua morta, na qual os significados e as pronúncias não sofram a erosão dos regionalismos por causa da evolução da língua. (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mantra)
***Sânscrito: é uma língua extinta da Índia, com uso litúrgico no Hinduísmo, Budismo, e Jainismo. É uma das línguas mais antigas da família Indo-Européia. Sua posição nas culturas do sul e Sudeste Asiático é comparável ao latim e ao grego antigo na Europa, influenciando diversas línguas da região. (fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A2nscrito)