terça-feira, 25 de setembro de 2012

A Coragem de Nos Tornarmos Livres!

Oi Gente! Tudo bom? Estou aqui mais uma vez com vocês, no site Consciência do Presente, para falar sobre uma palavra que a todos nós interessa, pelo valor que ela representa em nossas vidas e por ser a meta de todo ser humano. Essa palavra é LIBERDADE!

Liberdade vem do latim "LIBER" e em grego "ELEÚTHEROS", que significa, em ambas as línguas, "LIVRE". Do latim, a palavra "Liber" evoluiu para "LIBERTAS", substantivo que se refere à tudo aquilo que é livre ou liberto.
No português, a palavra significa tudo aquilo que se encontra num estado de ausência de coação.

Buscamos a liberdade em nossas vidas em vários aspectos: liberdade financeira, liberdade de expressarmos nossas ideias, liberdade de ir e vir e uma outra tal liberdade que muita gente quer mas poucos tem a coragem de conquistar: a Liberdade Emocional!

Passamos pela vida, vivemos experiências e algumas delas nos deixam traumas ou ensinamentos. Tudo isso depende de como enxergamos ou absorvemos os fatos. A partir dessas experiências, criamos conceitos que nos libertam ou nos aprisionam.

Vou explicar exemplificando através das relações afetivas, tão comuns por deixarem certos traumas no nosso campo emocional quando não entendidas da forma correta e consciente. Um homem ou uma mulher que passou por um casamento ou uma convivência desarmônica, conflituosa, que trouxe sofrimento e desilusão, pode encarar essa dolorosa passagem de 2 maneiras: ou entendendo que o parceiro ou parceira escolhido foi fruto da sintonia ou maturidade que a pessoa tinha naquela época, ou criando um pacto interno de que se relacionar é perigoso e gera sofrimento. Daí vem o trauma e o conceito que aprisiona.

Todos nós queremos a Liberdade, mas poucos compreendem que para alcançá-la é de extrema importância que, primeiramente, resolvamos os traumas emocionais internos.
Dizer "eu sou livre" ou "estou buscando a liberdade" e carregar dentro de si desconfiança, mágoa, raiva ou dor, é como tentar correr em um campo aberto com uma bola de ferro presa aos pés!

Já ouvi de muita gente, casada ou não, a seguinte frase: "não quero mais saber de relacionamentos, agora sou livre!"
Será mesmo gente?! Será que parar de se relacionar implica em liberdade? Deixar de compartilhar experiências com o outro traz felicidade, ou apenas alivia do nosso íntimo o trabalho de exercitar o diálogo e o entendimento?

Isso não vale somente para as relações à dois apenas, mas também para o convívio entre amigos ou algum grupo social.

Existe ser humano que se isola e ainda por cima, muitas vezes, justifica tal comportamento conceituando firme e irredutivelmente que já deu muito e recebeu pouco, então não vale a pena perder tempo com mais ninguém!

Pensei numa história que eu gostaria de contar para vocês:

"Um homem estava atrás das grades de uma prisão e sempre se mostrava muito ocupado. O carcereiro passava em frente à sua cela e via esse homem, ora rindo, ora lendo um livro, ora de olhos fechados meditando, mas nunca o viu chorando ou se lamentando de nada. Um dia, o carcereiro, curioso com a despreocupação desse homem com o seu estado de aprisionamento,  tentou puxar conversa, mas imediatamente foi interrompido com a seguinte frase:

 - Agora não, Sr. Carcereiro, estou dando atenção à minha esposa.

O carcereiro ficou surpreso e achou que finalmente o homem tinha enlouquecido de vez!

Numa outra oportunidade, conseguiu uma chance de conversar com o detento e, antes de dar brecha para novamente se ver frustrado quanto às suas curiosidades, perguntou rápida e incisivamente:

- Sr. Detento, outro dia tentei conversar contigo, mas você me disse que estava dando atenção à sua esposa. Como isso é possível? Você enlouqueceu de vez? Também nunca o vi reclamando de nada e sempre o vejo muito ocupado. Será que você não se deu conta de que está preso e sem liberdade para absolutamente nada?

O prisioneiro olhou para o carcereiro e, sorrindo com muita tranquilidade respondeu:

- Sr. Carcereiro, converso sempre com a minha mulher pois o verdadeiro Amor não se perde nunca com o afastamento físico e, aonde quer que ela esteja e seja com quem for, eu desejo a felicidade dela, pois a sua presença sempre estará mais do que real e viva no meu coração. Quanto ao fato de eu estar preso nessa cela, me considero livre mesmo assim, pois ninguém pode aprisionar a minha capacidade de sonhar, sentir, modificar meus conceitos internos, perdoar as minhas falhas e a dos outros... sim, me sinto livre pois não há prisão maior do que uma alma estagnada no medo e no trauma."

Esse é o ponto! O medo! Medo de sofrer, medo da decepção, medo de não ver nossas necessidades atendidas.

O remédio para o medo é a Coragem! Coragem de "limpar" a casa interna, a morada da alma. Encarar aquilo que nos incomoda e DECIDIR por promover a tão falada REFORMA ÍNTIMA.

E não tenha receio de buscar o que for preciso para o seu crescimento... psicólogos, terapias, yoga, religião, algum esporte, meditação, ou um simples papo com um amigo. Não seja rígido consigo mesmo! Temos o costume de sermos preconceituosos com a forma e esquecemos do objetivo.

Acredito que LIBERDADE não se conquista... é uma questão de ESCOLHA!
Muito obrigado e até o próximo mês!!!